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Quem quiser conhecer melhor a cultura do Pará tem um encontro marcado com a Imperatriz Leopoldinense, na madrugada desta segunda-feira, 11. Este ano, o samba-enredo da escola do grupo especial do Rio de Janeiro, terá como tema “Pará – O Muiraquitã do Brasil”.

Na avenida, será retratada a cultura paraense em seus mínimos detalhes. E logo no carro abre-alas haverá a presença do alumínio, usado para confeccionar a Coroa Imperiana, símbolo maior da escola. A Coroa foi confeccionada pelo artesão Shangai Fernandes. Será a primeira vez que ela deixará de ser feita de plumas e paetês e passará a ser toda de alumínio.
 
André Bonate, vice-presidente cultural da Escola Imperatriz Leopoldinense, ressalta que o alumínio foi escolhido para o carro abre-alas por alguns motivos. “Além do Pará ser um dos maiores produtores de alumínio e de outras riquezas naturais, o material foi escolhido para dar uma alusão de que o muiraquitã é uma joia preciosa e nada melhor do que um produto natural e valoroso da região para representar este amuleto da sorte que é o muiraquitã”, acrescentou.

De acordo com o artesão, Shangai Fernandes, o alumínio terá um efeito incomparável na Sapucaí. O jogo de luz que se formará irá prender a atenção do público.

Para conseguir montar a coroa e mais 12 cavalos feitos de alumínio entre as folhas de uma floresta, Shangai precisou usar dois mil metros cúbicos de alumínio. O abre-alas da Imperatriz irá representar o Pará em seu começo e a influência do índio no Estado.

Para a confecção do carro abre-alas foram necessários 30 mil rebites prendendo o metal, mais 2 mil folhas para a floresta e 3.600 escamas de alumínio na coroa,  que serão o grande diferencial, pois as placas têm recortes com mais detalhes, como se fossem rendas.

Produção de alumínio cada vez mais forte no Estado

Segundo a diretora de Relações Institucionais da área de Bauxita & Alumina da Hydro, Andreia Reis, a escola de samba do Rio representar o alumínio em uma das alas mais importantes “é um reconhecimento à importância desse produto para os paraenses e à capacidade que o Estado teve de se transformar num dos principais pólos do mundo na produção desse metal. A cadeia do alumínio, protagonizada pelas empresas do grupo Hydro, representa grande parte do PIB do Estado e também representa desenvolvimento, modernidade e futuro sustentável para todo o planeta”, afirma.

Processo – O Pará possui toda essa cadeia produtiva com a Hydro, empresa com mais de cem  anos de história. No estado, a Hydro possui uma mina de bauxita, matéria-prima para a produção do alumínio. A refinaria da Hydro Alunorte, localizada no municípo de Barcarena, onde a bauxita é misturada e bombeada em recipientes de alta pressão. Outros processos são realizados até sobrar um pó branco parecido com açúcar chamado de alumina. Por fim, esse material chega na Albras-Alumínio Brasileiro S.A, produtora de alumínio primário, localizada também no município de Barcarena e que completa uma das principais cadeias produtivas do Pará, produzindo o alumínio em forma de lingote.

O alumínio, além de fundamental para a economia do Pará, pode ser reciclado infinitas vezes sem perder as suas propriedades. É uma das riquezas naturais mais valorizadas do mundo. Estudos recentes mostraram que há até 95% do conteúdo de alumínio em veículos e 93% nos edifícios, sem contar nos novos e modernos produtos tecnológicos e tão úteis como os celulares, iPeds, tablets e outros.

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