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“A operação no Brasil garantirá fornecimento de matéria prima para a produção de alumínio por mais de 100 anos. Isso dá mais força para a companhia e nos deixa mais robustos. Ao mesmo tempo, nos transformaremos de uma empresa européia em um conglomerado global líder em alumínio, com produção e mercado nas Américas, Austrália, Europa e Oriente Médio”, diz Brandtzaeg.

O potencial para maiores atividades na Ásia e na América do Sul tem sido substancialmente reforçado.

Os frutos da longa cooperação

O ano de 2010 começou bem tanto para a Hydro quanto para seu executivo chefe. O contraste com o ano anterior não poderia ser maior. Em apenas um mês, foram oficialmente iniciadas as operações da gigantesca planta de alumínio Qatalum no Qatar e, agora, uma aquisição no exterior sem precedentes na história da Hydro.

Tanto a abertura da Qatalum quanto o acordo com a Vale são frutos de longas e estreitas cooperações.

Brandtzaeg nem tenta esconder sua imensa satisfação com a assinatura do acordo, ocorrida em Oslo, no domingo. Ele e Roger Agnelli, CEO e presidente da Vale, tiveram participação ativa, sentando à mesa de negociação durante a maior e mais intensa fase das negociações.

Negociações muito exigentes

“Eu não vou negar que as negociações refletiram o quanto estava em jogo para ambas as companhias”, diz. “Mas elas foram auxiliadas o tempo todo por uma equipe de negócios capacitada e determinada, e pelo respeito mútuo que foi construído ao longo de uma parceria que tem sido produtiva para ambos os lados desde 1974.
“Foram as negociações mais exigentes em que eu já estive envolvido e, durante a fase mais emocionante e desafiadora, era impossível não pensar nisso. Era uma oportunidade única, um alicerce para o desenvolvimento futuro da Hydro. Então, é uma satisfação que tenhamos chegado a um acordo”. 

Início de uma nova fase

Agora, a Hydro e sua parceria com a Vale entram em uma nova fase. A Hydro atualmente possui 34%  do capital da Alunorte, a maior e mais eficiente refinaria de alumínio do mundo. Ela é operada pela Vale, que detém 57% do capital.

A Alunorte é uma importante parte das operações de alumínio da Vale, o que também inclui grandes participações em minas de bauxita e 51%  do capital da Albras, a maior planta brasileira de alumínio, com capacidade de produção de 460 mil toneladas anuais. Nos termos do acordo, todos os ativos da Vale nessas operações serão 100% adquiridas pela Hydro, enquanto a Vale passa a ser a segunda maior acionista da Hydro, possuindo 22% de seu capital.

“Nós sabemos o que estamos fazendo, pois temos quase 40 anos de cooperação com a Vale. Juntamente com os ativos, estamos assumindo 3.600 profissionais especializados pelos quais temos o mais profundo respeito. A Vale tem operado minas de bauxita, refinarias de alumina e plantas de alumínio em um nível que as colocou entre as melhores do segmento”, diz.

Mais perto de nossas raízes

Apesar do Brasil ser tão distante da terra da Hydro e de a companhia não ter desenvolvido quaisquer atividades de mineração nos últimos anos, esta operação nos proporciona voltar às nossas raízes. Isso faz parte dos nossos genes e é a nossa missão: ”vamos criar uma sociedade mais viável, desenvolvendo recursos naturais e produtos por meio da inovação e da eficiência”.

Agora a cadeia de valor da Hydro como uma empresa integrada de produção de alumínio está prestes de se tornar completa. Não que pensemos ter encerrado o nosso desenvolvimento. Todos os processos foram implantados, mas temos muito espaço para desenvolver e melhorar em cada um deles”.

Desenvolvimento com respeito

”Outra coisa que faz parte do nosso DNA é a certeza de que vamos operar e desenvolver nossos negócios com respeito pela natureza, de quem somos totalmente dependentes, pelas pessoas que trabalham na companhia, e por todos aqueles que, de alguma maneira, são afetados por nossas atividades. Isto será ainda mais importante e mais desafiador quando formos diretamente para as operações de mineração dentro das sensíveis regiões florestais”.

Brandtzaeg enfatiza que a companhia levará muito a sério todas as lições que a Vale aprendeu até aqui.

“A empresa considera segurança, ordem e boas práticas como suas grandes prioridades, e elas são integradas às operações. Eu acredito que as administrações das duas companhias têm muito a partilhar entre si e estabelecerão um desafio mútuo. Ao mesmo tempo, temos a oportunidade e o dever de aperfeiçoar o trabalho da Vale. É nossa ambição sermos líderes em tecnologia em todas as partes da cadeia de valor, incluindo o refino da alumina”, diz Brandtzæg.

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