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O projeto Ativa Barcarena promoveu o terceiro ciclo de assistência técnica com oficinas de compartilhamento de técnicas agrícolas para os produtores locais. Durante os meses de julho e agosto foram 8 oficinas com a participação de agricultores de 13 comunidades do município, que também estão sendo capacitados para a formação da redes de produtores locais. Além das oficinas, por meio dos ciclos de visitas, o Ativa conta com as atividades de assistência técnica rural direta a 91 agricultores familiares, promovidas desde janeiro deste ano.

O foco desse terceiro ciclo de visitas técnicas foram o compartilhamento de técnicas agroecológicas e boas práticas de gestão de unidades produtivas familiares. As oficinas abordaram temas como biosinsumos, produção e o uso de insumos agroecológicos, permitindo que os participantes experimentem na prática soluções para recuperação do solo, como o preparo de biofertilizantes e compostos orgânicos de baixo custo que servem para o fortalecimento das espécies.

Aprendizado de soluções agrícolas de baixo custo

O manejo do solo é fundamental para melhorar a produção agrícola no território, uma vez que os solos amazônicos têm tendência a acidificação. “Além da composição natural dos solos na região, o manejo incorreto de corte e queima, sem tempo adequado para o período de regeneração do solo e vegetação resulta em solos ácidos e nutricionalmente pobres. Com as oficinas, fornecemos conhecimento e ferramentas de recuperação e manutenção da saúde do solo, de forma acessível aos agricultores com materiais disponíveis nas próprias unidades produtivas” explica Thiara Fernandes, coordenadora de assistência técnica do Ativa Barcarena. Também foram compartilhadas diversas técnicas para apoiar o controle de pragas e doenças na produção: agua de vidro, calda bordalesa e preparado de Neem com sabão de coco.

A assimilação das soluções no cotidiano dos agricultores é o propósito das oficinas. Por isso todos os preparos são feitos considerando o custo e a disponibilidade local de materiais.  Os biofertilizantes de manipueira e de esterco, subprodutos encontrados nas unidades produtivas, são alguns dos produtos que já estão sendo utilizados pelos participantes das oficinas. Para  Martinha Ferreira Ribeiro, agricultora da comunidade Arienga-Ramal e uma das participantes do Ativa Barcarena, “foram muitos aprendizados. De como fazer os fertilizantes com as coisas que nós já temos na nossa área, como a manipueira, que descartamos, e o esterco das galinhas”, disse entusiasmada.

Outro agricultor participante, José Alberto, da comunidade de Águas Verdes, em Vila dos Cabanos, partilhou a satisfação em receber a formação. Para ele, “as soluções apresentadas pela equipe do projeto são simples e preparadas com materiais de fácil obtenção, que não requerem alto investimento financeiro para o preparo”. “É importante essa formação porque dá autonomia para nós agricultores, para não dependermos só do mercado, sem precisar comprar todos os insumos e que nós mesmos podemos preparar as soluções” relatou o Itamar de Souza Pereira, agricultor da comunidade do Cupuaçu.

Segurança e saúde como prioridade

Para garantir a segurança dos participantes, todas as atividades do Ativa Barcarena seguem um protocolo de prevenção contra a Covid-19. As oficinas foram realizadas durante o período da manhã, sempre em áreas abertas, possibilitando de forma confortável o distanciamento. Como parte do protocolo, a equipe fornece máscaras e álcool em gel durante todo o período para que os participantes se mantenham protegidos, além de um kits de prevenção contendo máscaras, touca, escudo facial e álcool em gel.

O Ativa Barcarena continuará promovendo oficinas. Duas já estão previstas para setembro: manejo e impacto reduzido voltada à produção de açaí e avicultura, que aborda boas práticas sobre criação de galinha caipira e outras aves. Além das oficinas e da assistência técnica, até dezembro o projeto irá realizar formações coletivas sobre boas práticas de gestão das unidades produtivas familiares.

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